O escritor britânico Leonard Ravenhill afirmou: “Ou a Bíblia é absoluta ou é obsoleta!” Essa declaração é apropriada para muitas pessoas de nossa sociedade que querem apenas as partes poéticas e reconfortantes da Bíblia, ignorando seu papel como norma de conduta.
Muitos “passeiam” pelo texto sagrado como clientes em um supermercado, colocando no carrinho apenas o que lhes convém. Ensinos que não se adequam à sua agenda ou preferência são imediatamente descartados.
A radicalidade das afirmações bíblicas não permite nem a seus autores uma visão particular do ensino de Cristo. Sendo inspirados por Deus, eles até poderiam ter seu estilo literário, mas não estavam livres para escrever seus próprios achismos.
Observe, por exemplo, o Apocalipse. O apóstolo João o intitula “Revelação de Jesus Cristo”, e a primeira visão que recebe é a do Cristo glorificado (Ap 1:8-20). João também descreve Jesus como presente entre Seu povo, caminhando entre os sete candelabros de ouro, que representam a
igreja de Deus na Terra.
A expressão recorrente do profeta “eu me virei e vi” também é impressionante. Ela sugere que a cena do Cristo glorificado não surge diante de seus olhos, mas vem por trás do vidente (v. 10), indicando uma ação inesperada. Esse movimento revela que as visões não foram resultado da imaginação do profeta, mas de fenômenos externos. Lembremos que, quando isso aconteceu, João estava exilado na ilha de Patmos, punido por sua obediência à mensagem que hoje chamamos de Bíblia Sagrada.
João ouvira pessoalmente a promessa de que Cristo voltaria à Terra e estava disposto a morrer por isso. Desconheço pessoas que, em sã consciência, dariam sua vida por sua interpretação de Shakespeare ou qualquer outro autor. No entanto, a história está repleta de indivíduos que, à semelhança de João, enfrentaram o martírio porque tinham certeza do que viram e ouviram acerca de Jesus de Nazaré. Essa mensagem não é um mito; ela é viva e eficaz, e também está disponível para transformar sua vida hoje, se você permitir.