<!--td {border: 1px solid #cccccc;}br {mso-data-placement:same-cell;}-->Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para
nós, que somos salvos, ela é poder de Deus. 1 Coríntios 1:18
Certa vez, o matemático ateu Bertrand Russell, um crítico ácido do
cristianismo, afirmou que deveríamos parar de perder tempo com Jesus e nos
dedicarmos mais a Pitágoras, considerado por ele como o homem mais
inteligente da história. Russell dizia que Jesus era um mito, enquanto
Pitágoras era real.
Segundo Russell, apenas pessoas ingênuas continuariam a acreditar na lenda
do Carpinteiro que salva, enquanto as mentes elevadas deveriam reconhecer
Pitágoras como pai da ciência, o fundador da matemática e pilar da cultura
ocidental.
Essa declaração, feita por alguém que havia recebido o Prêmio Nobel de
Literatura, tinha grande peso. O tratado de Russell, Principia Mathematica, era uma obra monumental sobre os fundamentos da lógica, mostrando, sem
dúvida, sua mente brilhante. A retórica de Russell parecia incontestável.
No entanto, o mais estranho é que qualquer aluno de filosofia sabe que
Pitágoras é uma figura incerta em termos históricos. Embora suas ideias
estejam bem documentadas, não existem relatos contemporâneos que confirmem
sua biografia. O que temos são relatos tardios e fantasiosos.
Pitágoras pode até ser lembrado como matemático, filósofo e idealizador do
teorema que leva seu nome. Contudo, na antiguidade, era mais conhecido como
líder de uma seita mística, obcecado por numerologia, transmigração de
almas e vegetarianismo, embora odiasse legumes. O regime alimentar que
ensinava não tinha nada a ver com um estilo de vida saudável. Pitágoras
acreditava que seres humanos poderiam renascer como animais. Logo, quem
comesse carne estaria devorando alguém reencarnado. Seria isso superior aos
ensinos de Cristo? Jamais.
Então, por que Russell enaltecia tanto Pitágoras, quando há mais provas
históricas sobre Jesus? Não se sabe ao certo, mas talvez um pensamento de
G. K. Chesterton forneça a resposta: “Não há problema em não acreditar em
Deus; o problema é que quem deixa de acreditar em Deus começa a acreditar
em qualquer bobagem” (citado em The Monstrosity of Christ, p. 87). De fato, a cada dia, convenço-me mais de que erudição e sabedoria
não são sinônimos perfeitos. Portanto, cuidado com os gênios deste mundo.